Cartas ás sete igrejas da ásia

Tomei a decisão de produzir uma série de artigos sobre às sete igrejas da Ásia. Existem duas razões do porquê de uma série e não um único artigo. A primeira razão é para o conteúdo não ficar muito longo. A segunda razão é para facilitar a consulta. Se o leitor quiser buscar saber sobre uma das sete igrejas específicas não terá dificuldades.

Introdução

João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;

Apocalipse 1:4

Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.

Apocalipse 1:11

O Apocalipse é uma carta e este é seu cabeçalho. É endereçado às sete Igrejas que estão na Ásia. No Novo Testamento “a Ásia” não é o continente asiático mas sim a província romana da Ásia.

Esta região tinha sido possessão de Átalo III quem, ao morrer, legou-a a Roma. Incluía a costa ocidental da Ásia Menor, sobre o mediterrâneo, e as regiões da Frígia, Mísia, Caria e Lísia, no interior.

Capital

Sua capital era a cidade de Pérgamo. Dirige-se, então, às sete Igrejas, que no versículo 11 se enumeram: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodicéia.

Estas não eram, certamente, as únicas Igrejas que havia na província romana da Ásia. Também sabemos de congregações cristãs em Colossos (Colossenses 1:2) e Hierápolis (Colossenses 4:12); Troas, Magnésio e Tralles são mencionados nas epístolas de Inácio, o bispo de Antioquia. Por que, então, João escolhe estas sete Igrejas, separando-as das demais? Pode haver várias razões.

CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO

E uma delas é que as sete Igrejas talvez fossem os sete centros de distribuição postal da Igreja primitiva na Ásia; todas encontravam-se sobre uma rota circular que percorria o interior da província.

Se as cartas chegavam a estas sete Igrejas, a partir delas seriam divulgadas na região ou distrito que encabeçavam. Troas estava fora de todo caminho habitualmente percorrido. Mas Hierápolis e Colossos estavam bem perto de Laodicéia; Tralles, Magnésio e Mileto estavam bem perto de Éfeso.

Contudo é bom lembrar-se que as cartas, naquela época, escreviam-se e se copiavam à mão. Portanto, só se podiam enviar àqueles lugares de onde tivessem a oportunidade de alcançar o maior número de pessoas.

Portanto as sete igrejas escolhidas serviam como centro de distribuição da mensagem.

A CARTA A IGREJA DE ÉFESO

ÉFESO, A PRIMEIRA E A MAIOR

Apocalipse 2:1-7 Quando soubermos algo a respeito da história de Éfeso e conheçamos melhor as condições de vida nesse lugar na época quando João escreveu sua carta, compreenderemos melhor por que Éfeso vem primeiro na lista das sete Igrejas.

É verdade que Pérgamo era a capital administrativa da província romana da Ásia, mas Éfeso era a cidade mais importante. Reclamava como seu o título de “a primeira e maior metrópole da Ásia”. Um escritor romano a chamou “A luz da Ásia”. Vejamos quais foram os fatores que puseram a Éfeso nessa situação.

ÉFESO NOS TEMPOS DE JOÃO

Nos tempos de João Éfeso era o porto mais importante da Ásia. Todos os caminhos do vale do Cayster (o rio sobre aquele que se levantava a cidade) conduziam a ela. Eram caminhos que uniam Éfeso com o longínquo Eufrates e a Mesopotâmia, sendo Colossos e Laodicéia os pontos intermediários mais importantes. Também convergia para  Éfeso o caminho da Galácia, atravessando Sardes em seu percurso.

No sul, outro caminho, o do vale do Meandro, rico em agricultura, também chegava até o porto de Éfeso Para todos os que desejavam viajar a algum lugar da Ásia, Éfeso era a entrada obrigatória.

Estava estabelecido num estatuto que o procônsul romano que devia resumir o comando da Ásia devia desembarcar em Éfeso. Para todos os viajantes do Oriente, que podiam vir dos mais próximos vales do Cayster ou o Meandro, ou das longínquas Galácia e Mesopotâmia, Éfeso era a entrada para Roma.

A CIDADE MAIS RICA DA ÀSIA

Anos mais tarde, quando muitos mártires foram capturados na Ásia e levados a Roma para serem lançados aos leões, Inácio rebatizou a Éfeso de “a porta dos mártires”. Esta posição converteu Éfeso na maior e mais rica de todas as cidades da Ásia. Para com ela e desde ela fluía uma corrente incessante de homens e mercadorias. Poderia conceber-lhe como a “feira de vaidades” do mundo antigo.

POLÍTICA

Éfeso tinha certamente uma distinção política muito importante: era uma cidade livre. Havia algumas cidades no Império Romano que possuíam esta distinção, conferida por sua lealdade ou pela importância de seus serviços ao imperador. As cidades livres se governavam a si mesmas e estavam dispensadas da obrigação de receber e alojar tropas imperiais.

Éfeso, além disso, era assento de tribunais. Os governadores provinciais romanos faziam de vez em quando uma excursão pelas cidades de seu domínio; em certas cidades, escolhidas por sua importância, o governador romano julgava, durante sua visita, os casos que se lhe apresentassem. As cidades que desfrutavam deste privilégio desdobravam periodicamente, na época quando eram visitadas pelo governador e sua corte, todo o esplendor e a pompa que era normal nas grandes capitais.

RELIGIÃO

Além disso era em Éfeso que se celebravam uma vez por ano os mais famosos “jogos” atléticos da Ásia. Nesses eventos pessoas de toda a região inundavam a cidade. Éfeso era o centro do culto de Ártemis, que em nossas Bíblias se traduz por “Diana dos efésios”. O Templo de Ártemis era uma de tas sete maravilhas do mundo antigo.

Tinha quatrocentos pés de comprimento por vinte de largura (120 m. x 70 m.); tinha 120 colunas de 12 m. de altura, que tinham sido dadas de presente cada uma por um rei; trinta e seis delas estavam ricamente esculpidas e incrustadas. Os templos antigos consistiam principalmente de colunas ao redor de um lugar central, que era o único coberto em todo o edifício.

A parte central do templo de Ártemis estava coberto com madeira de cipreste. A imagem da deusa que habitava este santíssimo era uma das mais sagradas de todo o mundo antigo. Era tão velha que ninguém conhecia sua origem. Mas Éfeso, além disso, era reconhecida por seus templos dedicados a Roma e aos imperadores Adriano e Severo. Éfeso era um centro importante da religião pagã.

O CENTRO MUNDIAL DA SUPERSTIÇÃO

Éfeso também era famoso como centro mundial da superstição. Em todo mundo se conheciam as Letras de Éfeso. Estas eram amuletos que podiam remediar virtualmente qualquer mal.

Curavam enfermidades, davam filhos às mulheres estéreis, asseguravam o êxito nos negócios, a boa sorte nas viagens, a vitória na guerra ou na competência esportiva.As pessoas vinham de todo o mundo para comprar em Éfeso estes objetos mágicos. 

POPULAÇÃO

A população de Éfeso era internacional. Seus cidadãos estavam divididos em tribos. Havia seis tribos principais, uma era constituída pelos descendentes dos habitantes oriundos da região, antes que viessem os gregos; a segunda era integrada pelos descendentes diretos dos primeiros colonizadores atenienses; a terceira agrupava a outros gregos. É provável que uma das tribos estivesse formada pelos judeus.

O Templo de Ártemis além de ser um centro importante de vida religiosa era um centro de imoralidade e crime. A área do Templo era  considerada lugar de asilo. Qualquer criminoso podia considerar-se seguro caso conseguisse entrar no Templo de Ártemis.

Além disso, o Templo tinha centenas de sacerdotisas que funcionavam como prostitutas sagradas. Todas estas características faziam de Éfeso uma cidade que transbordava imoralidades de todo tipo.

Heráclito, um dos filósofos gregos mais famosos, era chamado “o chorão”. Ele próprio explicava que ninguém poderia viver em Éfeso, como ele o tinha feito, sem deixar de chorar todo o tempo pela degeneração e a corrupção que imperavam nessa grande cidade.

O AVANÇO DO EVANGELHO EM ÉFESO

Tal era Éfeso. Um lugar muito pouco prometedor como terreno para a semeadura da semente do Evangelho. E entretanto foi em Éfeso que a fé cristã obteve alguns de seus maiores triunfos.

R. C. Trench escreveu: “Em nenhum outro lugar a mensagem foi recebida com maior anelo, nem feito raízes tão fundas, nem deu frutos tão belos de fé e amor.” Paulo permaneceu em Éfeso muito mais tempo que em uma das outras cidades que visitou durante suas viagens missionárias (Atos 20:31).

Timóteo foi o primeiro bispo de Éfeso (1 Timóteo 1:3). Em Éfeso encontramos a Áqüila, Priscila e Apolo (Atos 18:19,24,26).

Paulo nunca se sentiu mais perto de um grupo de anciãos da Igreja como em Éfeso, tal como o demonstra seu belo discurso de despedida (Atos 20:17-38).

A CHEGADA DE JOÃO A ÉFESO

Mais tarde, João chegou a ser a figura mais destacada de Éfeso. A lenda e a tradição afirmam que o “discípulo amado” levou consigo a Maria, a mãe de Jesus, quando se trasladou a Éfeso, e que é ali onde a Virgem foi enterrada.

Quando Inácio de Antioquia escreveu sua carta aos efésios, enquanto era conduzido ao martírio de Roma, pôde lhes dizer: “Vocês foram de uma mesma mente com os apóstolos, no poder de Jesus Cristo.” Há muito poucos lugares que demonstram de maneira mais clara o poder do Evangelho para conquistar os corações dos homens e transformar a sociedade.

EXPOSIÇÃO DO CONTEÚDO DA CARTA

Escreve ao anjo da igreja de Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:

Apocalipse 2:1

CRISTO CONHECE E SUSTENTA A IGREJA

Cristo é aquele que sustenta as sete estrelas em sua mão direita. E No livro do apocalipse as sete estrelas representam as sete Igrejas (Ap 1:20).

Cristo sustenta as Igrejas em sua mão. A palavra que na tradução ao português se traduz por “tem” é em grego kratein. É uma palavra forte. Significa que Jesus Cristo exerce o controle total das Igrejas, e que se as Igrejas se submetam a esse controle de Cristo, nunca lhes pode suceder adversidades que não sejam superadas.

Nossa segurança, nossa própria vida depende de estarmos sustentados por Jesus Cristo. Isso significa que se estamos em Cristo estamos seguros. O fato de cristo passear entre os sete castiçais de ouro(os castiçais representa as igrejas Ap 1:20) Isso significa que Cristo é aquele que conhece tudo e vê tudo que ocorre na igreja, nada escapa ao seu olhar detalhista.

Ele conhece profundamente todos os problemas que a igreja enfrenta e o fato de ele ter as estrelas em suas mãos que simbolizam os pastores ou líderes das sete igrejas. Demonstra total controle da situação, mesmo que as vezes pareça tudo muito difícil. É ele quem sustenta a liderança.

CONHEÇO O TEU TRABALHO E A TUA PACIÊNCIA

Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.

Apocalipse 2:2

TRABALHO

A palavra grega para trabalho  “kopós” trabalho árduo (se referindo ao serviço cristão). Trabalho árduo aqui não significa peso no serviço para Deus, Como se servir a Deus em sua obra fosse um serviço insuportável. Pois sabemos que existe uma graça divina para atuar no ministério. Paulo fala desta graça veja:

Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.

1 Coríntios 15:10

Se está havendo  peso talvez essa não é a função que Deus quer que você exerça no ministério. Peso na obra de Deus significa que talvez algo esteja errado. Pois é sinal de que a graça de Deus não está operando trazendo leveza no serviço.

Portanto trabalho árduo não significa peso e sim disposição no serviço e esforço para tudo dar certo. Podemos dizer que  trabalho árduo é diligência extrema para fazer acontecer.

PACIÊNCIA

A palavra grega para paciência é  “Hupomone”  que significa  a coragem que aceita os sofrimentos e as dificuldades, a luta e a derrota, inclusive, mas é capaz de sair sempre vitoriosa. significa aquela disposição mental, física e espiritual para enfrentar as lutas e adversidades com espírito aguerrido. Na certeza de que é sempre vitorioso independente dos resultados.

DEIXASTE O TEU PRIMEIRO AMOR

“E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.
Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.”

Apocalipse 2:3-5

Nada é tão decepcionante na vida cristã como esfriar na fé. Deixar de caminhar com a mesma força de quando nos convertemos. Ou até mesmo abandonar os caminhos do Senhor.

ELE NOS CONVIDA A REFLETIR E VOLTAR

Conta-se a história de dois jovens que durante o período da escola se sentavam juntos. Ela era uma menina meiga, que exalava pureza e santidade. Ele observava e era afetado por aquela vida que emanava dela.

Durante a jornada da vida eles seguiram em caminhos opostos e nunca mais se encontraram. Ele se associou com pessoas erradas e se tornou um delinquente. Um dia ele estava no centro da cidade roubando a carteira de um homem, quando viu aquela jovem amiga de infância passar. Ela carregava a mesma pureza e santidade. As lembranças daquele tempo de infância fizeram aquele homem se arrepender e trilhar o caminho da mudança.

A lembrança pode nos fazer voltar a posição correta.(Num país longínquo, o filho pródigo lembrou do seu lar (Lucas 15:17). Para ele fazer memória foi o primeiro passo de sua volta ao pai que o amava.

Lembra-te de onde caíste…

OS NICOLAÍTAS

“Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.”

Apocalipse 2:6,7

O ódio não é contra pessoas e sim as obras que as pessoas fazem. Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.

Paulo diz na carta aos efésios no capítulo 6 que a nossa luta não é contra carne nem sangue. Odiamos as obras más e infrutuosas das trevas e não as pessoas que cometem tais obras.

Os nicolaítas também aparecem também em Pérgamo (Ap 2:15). Ali são relacionados com os que “sustentam a doutrina de Balaão” (Ap 2:14).

E isto, por sua vez, relaciona-se com a ingestão de alimentos oferecidos aos ídolos e com a fornicação. Voltamos a encontrar o mesmo problema em Tiatira, onde a ímpia Jezabel fazia os crentes fornicarem, e os tentava a comer alimentos oferecidos aos ídolos.

É bom observar que, em primeiro lugar,  este perigo não provém de fora da Igreja mas sim de dentro. Havia o perigo da fé ser corrompida e desaparecer.

 

ressurreição
Leia também! A ressurreição se dará em um único dia?
OS NICOLAÍTAS E BALAÃO

Por que os nicolaítas e Balaão estão relacionados?

O nome de Nicolau, fundador dos nicolaítas, provém de duas palavras gregas, nikan, que significa conquistar e laos, que significa povo. Balaão, por sua vez, pode derivar-se de duas palavras hebraicas, mofa, que significa conquistar, e ha’am, que significa povo. Os dois nomes, então, têm o mesmo significado e, que se refere a um mestre daninho mas influente, que conseguiu subjugar a muitos seguidores.

Em Números 25:1-5 encontramos uma história muito estranha sobre como os israelitas foram seduzidos a manterem relações ilícitas e sacrílegas com mulheres moabitas e a adorarem a divindade pagã Baal-Peor, uma sedução que, se não fosse controlada com severidade, teria arruinado toda a religião de Israel e a teria destruído como nação.

Acredita-se que nicolau um dos diáconos escolhidos em Atos 6 se desviou da verdade e começou a ensinar que o espirito está garantido. Portanto o que você fizer por meio do corpo não pode maculá-lo.

Nicolau se desviou da verdade e ensinava os cristãos a se prostituirem e a comer carne sacrificada aos ídolos. Assim como Balaão fez com o povo de Israel se prostituir e adorar Baal Peor.

A ÁRVORE DA VIDA

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.

Apocalipse 2:7

A árvore da vida representa imortalidade, após a queda do homem a árvore da vida foi guardada para que o homem não tivesse acesso a ela e vivesse como um eterno pecador.

“Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente,”

Gênesis 3:22

Os judeus acreditavam que a árvore da vida estava no paraíso de Deus, e que com a vinda do messias, o acesso a árvore da vida seria devolvido.

Era comum entre os judeus pensar que quando viesse o Messias e amanhecesse a nova era, a árvore da vida estaria no meio dos homens, e todos os que tivessem sido fiéis poderiam comer dela. A ideia era que o Messias restauraria o que Adão tinha perdido.

Espero que você tenha gostado deste artigo. Se você gostou ou não gostou deixe o seu comentário.

Para melhor entendimento do assunto assista a vídeo aula baixo:

Um forte abraço!

Andem no espírito e vivam em amor!

Prof. Antonio Lira

Fontes: Bíblia Almeida revista e atualizada

Livro Apocalipse de Willian Barclay

CONHEÇA OS NOSSOS CURSOS GRATUITOS!

Curso gratuito de escatologia.
Curso gratuito de escatologia clique aqui.
Curso gratuito desvendando o Apocalipse.
Curso gratuito desvendando o Apocalipse.
Antonio Lira

Antonio Lira

Fale conosco, queremos ouvir você!

Click edit button to change this text. Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit