A ONU nesta semana surpreendeu o mundo colocando em frente a Sede da organização em Nova York uma imagem semelhante a besta do Apocalipse. Cristãos do mundo inteiro ficaram alarmados com este acontecimento. E começaram a se questionar! A besta de Apocalipse 13 já chegou na ONU?
Será que estamos diante do cumprimento profético de Apocalipse capítulo 13? Será que o anticristo surgirá da organização nações unidas?
Após o ocorrido perguntas como essas começaram a povoar a mente de milhares de cristãos mundo a fora.
Seria este fato suficiente para determinar a origem do Anticristo?
Ou estamos diante de uma hermenêutica de jornal (onde as pessoas tentam adaptar os fatos recentes ao cumprimento das escrituras desconsiderando completamente o contexto bíblico?)
Será que a bíblia nos mostra de onde virá o anticristo? Se sim onde ficam localizados os textos que apontam a sua origem?
Neste artigo eu estarei respondendo a todas essas perguntas.
Se você preferir você pode assistir o documentário abaixo a besta de Apocalipse 13 na ONU? Este documentário tem o mesmo conteúdo do artigo.
Sem mais de longas vamos começar respondendo a seguinte pergunta: Será que a imagem do monumento da ONU é idêntica a imagem da besta de apocalipse 13?
Para responder a essa pergunta vamos comparar o monumento da ONU com a descrição da besta vista por João no capítulo 13 de apocalipse.
Primeiro Vamos ver as características da imagem do monumento da ONU.
A imagem da ONU foi feita em forma de alejibre (os alejibres são um tipo de arte mexicana onde os artesãos utilizam diversas cores e normalmente são feitos de madeira.
O monumento posto na praça das nações unidas é uma mistura de onça, leopardo e águia.
Vemos aqui então a descrição de 3 animais
Onça leopardo e águia.
Vamos agora ver a descrição da besta em apocalipse capítulo 13 para comparar.
O texto de apocalipse 13 diz assim:
Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia.
A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.
No texto de Apocalipse vemos na besta 7 características:
Tinha Dez chifres, sete cabeças, dez diademas sobre os chifres, nomes de blasfêmias sobre as cabeças, era semelhante ao leopardo, com pés de urso, e boca de leão.
Percebemos imediatamente que A imagem da ONU não é idêntica a imagem vista por João em Apocalipse 13, pois ela só apresenta 1 dentre os 3 animais apresentados no texto do apocalipse.
Na imagem da ONU aparece apenas o leopardo, faltando ainda o leão e o urso e as partes principais citadas por João. Que são os 10 chifres, as sete cabeças, os dez diademas e os nomes de blasfêmia.
A imagem da ONU só apresenta 1 elemento dentre os sete apresentados em apocalipse 13. Ou seja passou bem longe.
Portanto, Pelo que vimos até aqui a imagem da ONU não chega nem perto da descrição da besta vista por João no livro do Apocalipse
Tudo isso não passa de especulação.
Mais uma vez estamos diante de uma hermenêutica de Jornal(onde as pessoas tentam adaptar os fatos recentes ao cumprimento das profecias.
Existe uma máxima que norteia as minhas interpretações. E ela diz o seguinte:
“No tocante a interpretação dos textos proféticos as outras fontes podem até falar, desde que a Bíblia fale primeiro.”
Ou seja, primeiro a Bíblia deve falar depois as outras fontes.
Dito isso vamos investigar a origem do Anticristo de acordo com as escrituras.
Vamos responde a mais uma daquelas perguntas iniciais:
A bíblia mostra de onde virá o anticristo? Existem textos que mostram a sua origem?
A resposta é sim.
O texto mais utilizado por especialistas e que pode apontar com muita precisão de onde virá o Anticristo é o texto de Daniel 9:26.
Esse texto está dentro de um contexto que conhecemos como a profecia das setenta semanas de Daniel que se resume em 4 versículos. Em 4 versículos apenas estão condensados um grande número de acontecimentos proféticos.
Que vai desde a ordem para restaurar Jerusalém, passa pelo aparecimento do messias, sua morte, sua ascensão ao céu, fala da destruição de Jerusalém no ano 70, fala do aparecimento do anticristo e até da sua origem, bem como da sua destruição.
Pelo menos a metade dessas profecias já se cumpriram com uma precisão assombrosa.
É justamente nesta profecia das setenta semanas que Deus nos deixou a pista da origem do Anticristo.
Vamos ver:
Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas.
A profecia das setenta semanas nos apresenta 2 príncipes. Um deles é o Ungido que nós sabemos ser Jesus. E também nos apresenta um o outro príncipe e o chama de o príncipe que há de vir, que nós sabemos que é o Anticristo.
O texto nos revela que o povo do príncipe que há de vir iria destruir a cidade e o Santuário.
Já que o povo do anticristo iria destruir a cidade de Jerusalém e o templo. Se nós soubermos quem destruiu a cidade e o templo, nós saberemos de qual povo vem o Anticristo.
Quando analisamos a história nós constatamos que: Quem destruiu o templo e a cidade de Jerusalém foi o exército Romano no ano 70 d.C.
Os romanos que estavam sendo comandados pelo general Tito invadiram Jerusalém após sitiar a cidade.
Nesta ocasião muitos judeus foram mortos outros foram capturados e ainda outros foram feitos de escravos e desde o ano 70 d.C. até 1948 os judeus foram dispersos pelo mundo.
Baseado nessa informação a resposta mais óbvia é que o povo do anticristo são os romanos.
Então durante muitos anos a maioria dos especialistas apontam que o anticristo vem das regiões da Itália. Alguns dizem que ele vem de Roma e outros afirmam que ele vem do vaticano e outros são até mais ousados em afirmar que o Anticristo é o Papa.
Só que existe um erro nesta história toda. Esse erro ocorre por falta de informações mais precisas, sobre o que aconteceu realmente durante a invasão romana.
Pois se nó fizermos uma análise mais apurada dos fatos vamos constatar que não foi o povo italiano que destruiu a cidade de Jerusalém e o templo no ano 70.
Tenho várias evidências históricas para comprovar isso.
A primeira delas é que os romanos não destruíam a cultura de uma nação conquistada. Eles pegavam o que cada povo tinha de melhor e atribuía ao seu império.
Templos e construções não eram destruídos. Tanto é que na época de jesus o templo estava de pé e os judeus eram livres para cultuar o seu Deus.
Definitivamente destruir o templo era contra o protocolo da ocupação romana.
As provas mais contundentes de que não foram os romanos que destruíram o templo eu passo a mostrar a partir de agora:
Em seu auge o império romano tinha conquistado uma vasta região. E eles não tinham contingente de soldados suficientes em Roma para compor as legiões.
A partir do ano 15 da nossa era o império romano tomou a decisão de contratar os provincianos e pagar a eles um salário para que eles pudessem compor as legiões.
Então as legiões romanas passaram a ser composta por um efetivo misto.
Por ocasião do cerco a cidade de Jerusalém as legiões romanas estavam sendo compostas por um forte contingente árabe.
Confira as legiões que estavam envolvidas na destruição da cidade e do templo no ano 70:
- A quinta Macedônia que veio da Judeia, que hoje é chamada de Jordânia.
- A décima legião fretenses da Assiria.
- A decima quinta chamada de Apolinaris da Assiria.
- A décima oitava que vinha do Egito.
- A terceira gálica da Assiria.
- A décima segunda chamada Fuminata que vinha da Ásia menor, atual Turquia.
Todas essas legiões estavam acompanhadas por um forte contingente de Árabes na sua grande maioria.
Talvez você esteja se perguntando: então quem destruiu o templo foram os árabes?
Sim! Foi a etnia árabe.
Quem pode nos contar de uma forma mais detalhada essa história é o famoso historiador Judeu Flávio Josepho. Que anos antes da destruição de Jerusalém foi levado como prisioneiro para Roma por Vespasiano e passou a servir na corte romana como historiador do império.
Anos mais tarde. Durante o cerco a Jerusalém no ano 70. Flávio Josepho estava do, lado do general Tito que comandava as legiões quando o templo foi destruído. Ou seja ele foi testemunha ocular da invasão e destruição da cidade de Jerusalém e do templo.
Ele narra como tudo aconteceu no livro a guerra dos judeus, uma série de livros composta por 12 volumes.
No volume 6 desta maravilhosa obra nos parágrafos 256, 257,258,260, 261, 262, 263, 265, 266 ele narra a destruição do templo.
Veja a narrativa de Flávio Josepho
Parágrafo 256.
“CÉSAR INDICAVA com sua voz e com sua mão direita aos combatentes QUE APAGASSEM O FOGO, mas eles, com seus ouvidos aturdidos pelo ruído ainda maior, não ouviram suas palavras nem prestaram atenção aos sinais da sua mão, pois uns estavam distraídos pela luta, e outros, pela sua própria cólera”.
Parágrafo 257:
“Nem os conselhos NEM AS AMEAÇAS FREARAM o ímpeto DAS LEGIÕES que se dirigiam até ali, sendo que o furor capitaneava a todos…”
Parágrafo 258:
“Quando os soldados estavam próximos do Templo, agiam como SE NEM SEQUER OUVISSEM AS ORDENS DE CÉSAR e animavam os que iam adiante a jogar o fogo no interior”.
Parágrafo 260:
“CÉSAR, COMO FOI INCAPAZ DE CONTER O ÍMPETO DE SEUS SOLDADOS, que estavam cheios de entusiasmo, e o fogo que ia se estendendo, se dirigiu com seus oficiais ao interior…”
Parágrafo 261:
“Como as chamas não tivessem ainda alcançado o interior, mas assolavam as acomodações que rodeavam O SANTUÁRIO, TITO pensou, o que realmente era verdade, que ainda podia SALVAR-SE ESTA OBRA, e saiu fora.
Parágrafo 262:
“ELE MESMO TENTOU CONVENCER OS SOLDADOS PARA QUE APAGASSEM O FOGO e ORDENOU a Liberálio, centurião de seus lanceiros, OBRIGAR A GOLPES OS QUE DESOBEDECIAM”.
Parágrafo 263:
“NO ENTANTO, SEU FUROR, SEU ÓDIO CONTRA OS JUDEUS e um feroz ímpeto guerreiro ESTIVERAM ACIMA DO RESPEITO A CÉSAR e do medo à pessoa que os castigava”.
Parágrafo 265:
“Um dos que tinha entrado no interior, quando CÉSAR SAIU PARA CONTER AOS SOLDADOS, se apressou a deixar na escuridão a tocha ardendo nos umbrais da porta”.
Parágrafo 266:
“Então a chama brilhou imediatamente no interior. Os generais se retiraram junto com Tito, e NADA IMPEDIU OS SOLDADOS de fora continuarem com o fogo. Desta forma, CONTRA A VONTADE DE CÉSAR, O TEMPLO FOI INCENDIADO”.
Vimos portanto pela ótica de Flavio Josepho que quem destruiu o templo no ano 70 foi o povo árabe. Essa destruição foi contra a vontade de Cézar, que além de não ter dado a ordem para que tal destruição fosse feita, ainda tentou impedir.
Um outro historiador que narra a destruição do templo é Públio Cornélio Tácito.
Tácito como é conhecido, confirma as mesmas legiões e também mostra um ódio mortal que dominava os soldados que destruíram o templo, confira a narrativa:
“Tito César… encontrou na Judéia três legiões: a 5ª, a 10ª, e a 15ª… a estas ele acrescentou a 12ª da Síria, e alguns homens que pertenciam às legiões 18ª e 3ª, que ele havia retirado da Alexandria. Esta força estava acompanhada por um poderoso contingente de árabes, que odiavam os judeus com o ódio comum de vizinhos”.
Concluímos com isso que Todas as legiões que atacaram e destruíram Jerusalém e o Templo eram do Oriente Médio. Todas elas consistiam majoritariamente de soldados orientais: árabes, sírios, egípcios, etc.
Por volta do ano 70 D.C. Não apenas as legiões das províncias orientais, mas literalmente o exército inteiro chegou a ser composto pelos “soldados provincianos”.
Com isso podemos concluir que o povo do anticristo é árabe. E não romano. Pois a profecia de Daniel é clara quando diz que o povo do anticristo iria destruir a cidade e o templo.
Portanto já sabemos agora a qual povo o anticristo pertence.
Vimos nas narrativas dos historiadores que o povo árabe tinha um ódio dos judeus que literalmente os cegava. Aponto deles não pararem de destruir o templo nem mesmo debaixo das ameaças de Cézar.
Então surge uma outra pergunta? De onde vem esse ódio mortal?
Esse ódio nasceu junto com a origem do povo árabe.
Abraão teve 2 filhos em sua velhice e o primeiro filho nasceu quando Agar a escrava lhe deu Ismael. O plano de Deus era que Abraão esperasse por Isaque, mas como a promessa de gerar Isaque demorou a se cumprir. Sara deu Agar a escrava para que Abraão pudesse ter filhos por meio dela.
Isso era permitido de acordo com o código de Hamurabi, que era um conjunto de leis que regiam aquela sociedade. O código possuía 282 leis. As leis que davam a Abraão o direito de possuir a sua serva estão expostas no código e são as de número 144,145,146,147.
Após Agar engravidar de Ismael ela rivalizou com sara. Após um momento de pressão familiar Agar grávida foge para o deserto e no deserto foi lhe dada uma profecia sobre Ismael.
Profecia dada a Agar:
Disse-lhe ainda o Anjo do Senhor : Concebeste e darás à luz um filho, a quem chamarás Ismael, porque o Senhor te acudiu na tua aflição.
Ele será, entre os homens, como um jumento selvagem; a sua mão será contra todos, e a mão de todos, contra ele; e habitará fronteiro a todos os seus irmãos.
A profecia mostra o lado violento da descendência que viria de Ismael através das expressões:
- “será como jumento selvagem”
- “A mão dele será contra todos”
Também mostra inimizade com outros povos mostrando que a mão de todos seria contra ele.
As nações árabes hoje estão dispostas no mapa de acordo com essa profecia, ou seja uma nação árabe está em fronteira com a outra.
Após se tornar adolescente Ismael e Agar foram mandados embora e foi dito que ele seria abençoado mas que a aliança seria feita com Isaque ou seja Isaque que iria herdar a promessa.
Desde então os descendentes de Ismael, os ismaelitas se rivalizaram com os judeus. Por questões étnicas e também religiosas. A situação se agravou mais ainda depois que Esaú descendente de Isaque não herdou a promessa. Após desprezar a sua primogenitura tendo-a vendido para se irmão Jacó.
Ele ficou com ódio do seu irmão e para fazer raiva aos seus pais ele foi ter filhos com uma mulher ismaelita o que era contra a vontade de seus pais.
Então se sentindo rejeitado pela família ele foi até o seu tio Ismael para fomentar ainda mais ódio. Veja:
“sabedor também de que Isaque, seu pai, não via com bons olhos as filhas de Canaã,
foi Esaú à casa de Ismael e, além das mulheres que já possuía, tomou por mulher a Maalate, filha de Ismael, filho de Abraão, e irmã de Nebaiote.”
Fica constatado por tanto que as nações árabes surgiram como resultado de ódio e disputas étnicas que envolviam as alianças, promessas messiânicas e benção.
Essa rivalidade portanto é de tempos imemoriais. Ela já dura cerca de 4 mil anos.
Paulo vai mostrar que essa rivalidade, ainda existia em seus dias:
“Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre.
Mas o da escrava nasceu segundo a carne; o da livre, mediante a promessa.
Estas coisas são alegóricas; porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Agar.
Ora, Agar é o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão com seus filhos.
Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe;”
E Paulo continua.
“Vós, porém, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque.
Como, porém, outrora, o que nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora.
Contudo, que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre.
E, assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e sim da livre.”
Essa rivalidade permanece até os nossos dias.
Em 1967 Durante a guerra dos seis dias. As nações árabes tentaram destruir o recém formado estado de Israel. Uma coalisão composta por Egito, Síria, Jordânia e Iraque, com o apoio do Kuwait, Líbia, Arábia Saudita, Argélia e Sudão. Tentaram destruir os judeus.
Apesar de Israel milagrosamente ter vencido o conflito. a inimizade entre eles está longe de terminar. Conflitos na região podem ser vistos com frequência em nossos noticiários.
Conclusão
Por tudo o que vimos até aqui. Não se espera que o anticristo venha de outra raça a não ser da raça árabe, cujas as profecias e fatos históricos estudados até aqui confirmam de forma precisa essa verdade.
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