Você saberia me dizer qual a diferença entre evangelho e evangelho do reino?
Evangelho e Evangelho do reino veja, a diferença!
Uma das coisas que dificilmente prestamos atenção quando lemos a Bíblia, é que existe uma diferença na ênfase do evangelho do Reino e do evangelho que pregamos hoje.
Não que sejam avessos entre si, mas existe uma diferença na ênfase.
A expressão evangelho significa boas notícias ou boas novas, portanto evangelho do reino significa “boas novas do reino”.
É comum nós vermos nas epístolas, tanto nas epístolas paulinas quanto nas universais, as expressões: Evangelho de Cristo, evangelho de Deus, evangelho de Jesus Cristo, mas você não vai encontrar a expressão “evangelho do reino”
Em nenhuma das epístolas você encontra esta expressão, nem mesmo no livro de Atos e nem no Apocalipse.
Dos quatro evangelhos conhecidos, apenas Mateus e Lucas usam a expressão “evangelho do reino” João e Marcos não utilizam.
Isso se dá por causa do público para quem as boas novas do reino estão sendo destinadas. Pois Lucas e Mateus são evangelhos mais voltados para os Judeus.
Quando o, evangelho tem o foco nos gentios a ênfase é a salvação e a ressurreição dos mortos. E são usadas todas as outras expressões supracitadas e até mesmo outras como evangelho da graça, evangelho, evangelho da paz, evangelho da promessa e assim por diante.
O evangelho do reino é uma expressão usada para os judeus principalmente.
Já a expressão “evangelho do reino” tem a sua ênfase na esperança messiânica ou seja no reino do messias. Na implantação do seu governo terreno com sede em Jerusalém.
Os judeus esperam que a nação judaica seja posta por cabeça de todas as nações da terra. A nação sob o governo do messias irá prosperar como nunca antes em sua história. Existem dezenas de profecias que foram liberadas. E os judeus esperam o seu cumprimento.
Os judeus esperam que quando o messias surgir ele trará consigo o cumprimento de todas as promessas, descritas nas profecias bíblicas.
Jesus em Mateus 24:14 diz que nos dias da tribulação esse evangelho do reino seria pregado.
Mateus 24:14 E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
Ou seja, assim como nos seus dias Jesus pregou e ordenou que se pregasse o evangelho do reino. Pois o Reino messiânico estava ás portas. Assim também durante o período da tribulação o evangelho do reino será pregado, pois este têm ênfase na manifestação do reino do messias.
Pois a tribulação durará sete anos. Após este período passar o reino se manifestará.
Esta expressão portanto tem a ver com o cumprimento iminente das profecias referentes ao governo do messias e tem como foco principal a nação judaica.
No início do evangelho a prioridade de pregação era o povo judeu.
Jesus deixou bem claro para quem veio primeiro, observe:
Mateus 10:5 A estes doze enviou Jesus, e ordenou-lhes, dizendo: Não ireis aos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;
Mateus 10:6 mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;
Mateus 10:7 e indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.
Mateus 15:24 Respondeu-lhes ele: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
João, o Apóstolo também tinha o mesmo pensamento. De que Jesus veio primeiro para os judeus.
João 1:11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Paulo Também deixa a questão da prioridade bem clara na carta aos romanos.
Romanos 1:16 Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
Se você observar quando Cristo estava cumprindo o seu ministério terreno ele ofereceu o reino primeiro para os judeus. Dizendo que o reino está próximo. E realmente estava próximo era só as autoridades reconhecerem Jesus como Messias e o reino se manifestaria.
Como eles rejeitaram então o reino foi adiado para os judeus.
Durante o período da tribulação profetizado por Jesus em Mateus 24, em seu discurso no monte das oliveiras, Jesus nos mostra que o evangelho do reino será pregado novamente.
E o reino volta a ser oferecido para os judeus novamente.
Inclusive, dois profetas do Antigo Testamento serão levantados para pregar para os judeus durante a tribulação em Jerusalém. Isso está profetizado em Apocalipse capítulo 11.
Por tanto o reino volta a estar próximo novamente, pois o contexto em que Jesus disse que o evangelho do reino seria pregado em Mateus 24:24 é o contexto da tribulação.
E todos nós sabemos que a tribulação tem um prazo de validade de 7 anos. Desta vez quer o judeus queiram ou não, o reino irá se manifestar. Mas está profetizado que no final da tribulação a nação irá se converter.
Portanto a expressão “evangelho do reino” tem a ver com a iminência da manifestação do reino do messias. Tem a ver com a pregação do evangelho no mundo inteiro, não apenas anunciando a salvação em Cristo mas também a manifestação do reino e governo do messias.
Essa expressão “evangelho do reino” envia mais uma vez uma mensagem para os judeus de que o reino está próximo. Portanto é uma expressão que tem a ver com Israel. Embora seja anunciada em todo o mundo e todos poderão desfrutar.
Então podemos constatar que biblicamente a mensagem do evangelho pode ter diferente teor dependendo do público.
Vemos essa diferença de ênfase no teor da pregação dependendo do público nas epístolas. Se o público era judeu a ênfase deveria ser o reino do messias (pois estes conhecem bem as profecias e aguardam o reino do messias) e se o público era gentio a ênfase deveria ser a salvação e a ressurreição dos mortos.
Gálatas 2:2 E subi devido a uma revelação, e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios, mas em particular aos que eram de destaque, para que de algum modo não estivesse correndo ou não tivesse corrido em vão.
Paulo expôs para a liderança da igreja em Jerusalém o teor ou conteúdo da sua mensagem que usava para alcançar os gentios. Ele reconhecia que tinha um ministério de anunciar o evangelho para os gentios.
Gálatas 2:7 antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da circuncisão
Gálatas 2:8 (porque aquele que operou a favor de Pedro para o apostolado da circuncisão, operou também a meu favor para com os gentios),
A ênfase da mensagem de Paulo.
Aqui vemos que Paulo pregava o evangelho da incircuncisão, ou seja, era o evangelho pregado para os gentios, E creio que a ênfase era como se prega hoje, salvação em Cristo e ressurreição dos mortos.
Já Pedro pregava o evangelho da circuncisão, esse evangelho era pregado para os judeus com ênfase no reino messiânico.
Nós podemos prestar atenção no segundo sermão de Pedro após curar o coxo na porta formosa em Atos 3, onde ele fala da salvação e também da esperança messiânica.
Pedro convida o povo ao arrependimento e em seguida ele fala da promessa messiânica.
Atos 3:17 Agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também as vossas autoridades.
Atos 3:18 Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado que o seu Cristo havia de padecer.
Atos 3:19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor,
Atos 3:20 e envie ele o Cristo, que já dantes vos foi indicado, Jesus,
Atos 3:21 ao qual convém que o céu receba até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio.
Observe a expressão “e envie ele o Cristo”. Em seguida ele fala da restauração de todas as coisas que os profetas disseram.
Ou seja Pedro estava pregando para um povo que já conhecia as profecias e a ênfase está na implantação do reino messiânico.
Se fôssemos pregar hoje para os judeus certamente que a maneira mais fácil de expormos o evangelho, seria anunciando que Jesus é o Cristo e que ele voltará para implantar o seu reino messiânico.
Pois sobre o reino messiânico e seu governo a partir de Jerusalém todo Judeu conhece, pois leem nos profetas. E eles aguardam com expectativa o messias.
Portanto a mensagem do evangelho do reino seria assim:
“Se arrependam pois Jesus, o cristo está voltando para governar as nações e implantar o governo messiânico. Israel será livre neste governo do messias e enfim encontrará paz e a prosperidade.”
Observe que os discípulos após a ressurreição de Jesus tinham esperança de que o reino fosse manifestado imediatamente.
Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
Eles tinham a expectativa de que o reino do messias fosse implantado imediatamente.
Conclusão:
Concluo que durante o período da tribulação o evangelho do reino será pregado tendo o foco na conversão dos judeus. Pois durante o período da tribulação o reino é novamente oferecido aos judeus.
Isso é deixado bem claro no livro do Apocalipse, onde no início da tribulação logo no capítulo sete, 144.000 mil judeus se convertem.
E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.
E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,
Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos selado nas suas testas os servos do nosso Deus.
Continuação…
E ouvi o número dos selados, e eram cento e quarenta e quatro mil selados, de todas as tribos dos filhos de Israel.
Da tribo de Judá, havia doze mil selados; da tribo de Rúbem, doze mil selados; da tribo de Gade, doze mil selados;
Da tribo de Aser, doze mil selados; da tribo de Naftali, doze mil selados; da tribo de Manassés, doze mil selados;
Da tribo de Simeão, doze mil selados; da tribo de Levi, doze mil selados; da tribo de Issacar, doze mil selados;
Da tribo de Zebulom, doze mil selados; da tribo de José, doze mil selados; da tribo de Benjamim, doze mil selados.
Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;
Continuação….
E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.
E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus,
Dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.
E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram?
E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Observe que são judeus que se convertem logo no início da tribulação doze mil de cada tribo.
Portanto isso é mais uma prova de que a igreja não passa pela tribulação, pois na tribulação Deus está voltando a tratar novamente com o povo judeu, para provocar a conversão nacional.
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