A igreja na tribulação? Nem pensar! Essa é uma afirmação a prova de falhas.

E quem defende que a igreja passa pela tribulação, está indo contra o bom senso e principalmente contra as escrituras.

Estes mostram um completo desconhecimento das profecias da Bíblia e querem destruir o caráter de um Deus santo, justo e perfeito em todos os seus caminhos. Esse entendimento tem afastado muita gente boa das verdade bíblicas acerca deste assunto.

Caminhando sem considerar a História.

Isso se dá em parte porque a grande maioria dos crentes não estão familiarizados com as profecias do Antigo Testamento. Esse é um fato relevante que nos traz um certo cuidado. A falta de conhecimento tem deixado muitos irmãos cegos para muitas verdades importantes, contadas no Antigo Testamento e repetidas no Novo Testamento.

Nós aceitamos a Cristo e nos tornamos igreja do Senhor e passamos a ser filhos de Deus. E também passamos a desfrutar de todos os direitos e privilégios que estão disponíveis na nova aliança.

Contudo, por vivenciarmos toda essa festa da redenção, e vivermos tão intensamente o evangelho. Nossas pregações e nossos estudos ficaram muito centralizados nas coisas pertencentes à igreja e focadas no que está disponível para nós na nova aliança.

De maneira nenhuma, aqui estou dizendo estar errado, pregar ou estudar e vivenciar tudo o que é proposto no novo pacto. Estas coisas foram postadas para este fim. E não poderia ser diferente.

Mas antes da igreja existir havia um povo pelo qual Deus se revelou ao mundo, e que por mais de 15 séculos foram representantes de Deus na terra.

Todas as profecias e toda a história da Bíblia existente deve-se ao  fato de que Deus chamou um povo para representa-lo e que através deste povo ele iria apresentar o Messias ao mundo.

Podemos ver Paulo reconhecendo este legado em suas palavras ditas na carta aos romanos.

Romanos 9: 1 Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito Santo,

 2 que tem grande tristeza e incessante dor no meu coração.

 3 Porque eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor aos meus irmãos, que são meus pais segundo a carne;

 4 quais são os israelitas, de quem é a adoção, a glória, e os pactos, a promulgação da lei, o culto e as promessas;

5 de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o que é sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente. Amém.

Os Judeus e a esperança messiânica.

Obviamente, que os Judeus tiveram a expectativa de que o Messias viria. Mas quando o Messias apareceu não era o que esperavam. Esperavam um governador supremo e conquistador como Davi. Alguém que poderia livrar Israel dos seus inimigos. E o inimigo da vez era o império romano.

Não perceberam que o ministério de Jesus tinha duas fases. Em sua primeira fase, ele veio como o servo sofredor, ou o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Esse Messias foi rejeitado. Este não atendeu as expectativas das autoridades espirituais.

Eles rejeitaram a primeira fase e colocaram o foco na segunda fase do ministério de Jesus. Na fase do messias soberano, conquistador e supremo ou grande rei. Aquele que se sentaria no trono de Davi e que governaria à partir de Jerusalém.

Eles estavam cegos, e não perceberam o cumprimento da promessa messiânica bem diante dos seus olhos.

Essa rejeição já havia sido profetizada pelos profetas, observe:

E, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nele;
Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Por isso não podiam crer, então Isaías disse outra vez:
Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure.
Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele.

João 12:37-41

E os judeus acabaram por rejeitar o seu Cristo prometido nas Escrituras.

Eles estudaram, pregaram, conversaram sobre o Messias, até sonhavam com o Cristo. Desde Abraão, passando por todos os patriarcas passando por Moisés e todos os profetas até João Batista que foi o último profeta da antiga aliança.

Durante séculos, era só o que se pensava, todos pensavam na esperança messiânica, mas quando o Cristo apareceu não o reconheceram.

Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

João 1:11

Seria um erro pensar que por causa da rejeição de Israel à nova aliança que a igreja  substitui a nação judaica  no plano profético.

E muitos afirmam que a igreja é o Israel de Deus equivocadamente.

Haverá um período na história que Deus voltará a tratar com a nação de Israel e cumprirá o seu plano profético.

Paulo nos traz essa verdade em romanos capítulos 9, 10 e 11. Ele começa a questionar a rejeição do seu povo, perguntando:

Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.
Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo:

Romanos 11:1,2

Paulo nos mostra uma conversão futura da nação judaica.

Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.
E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades.

Romanos 11:25,26

Veja que Paulo no texto acima considera Israel como povo de Deus, “Deus não rejeitou o seu povo” e completa: “E assim todo o Israel será salvo”

Paulo aponta para uma salvação futura que acontecerá após a segunda vinda: “De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades.”

Para ele, a Igreja jamais substituirá Israel no plano profético Israel é Israel e Igreja é Igreja.

Observe que Paulo via os povos distintamente:

Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus,

1 Coríntios 10:32

3 povos listados por Paulo: Judeus, gentios e igreja

Ele separa os povos os quais Deus trata no plano profético.

Ler a Bíblia sem levar em conta que Deus trata Israel de maneira distinta no seu plano profético e vai fatalmente nos levar a pensar que a igreja passa pela tribulação. Como muitos intérpretes da Bíblia o fazem.

Passarei a te  mostrar algumas passagens do Antigo Testamento que mostram rejeição de Israel para com Messias e algumas passagens que mostra também o período exato em que Deus volta a  tratar com Israel novamente:

Oseias 5:14 Pois para Efraim serei como um leão, e como um leão novo para a casa de Judá; eu, sim eu despedaçarei, e ir-me-ei embora; arrebatarei, e não haverá quem livre.

Observe que o texto mostra que uma nação foi cortada nas expressões “despedaçarei” e “arrebatarei”. Sabemos que ramos naturais (Judeus) foram cortados e nós que éramos zambujeiros enxertados.

Romanos 11:17 E se alguns dos ramos foram quebrados, e você, sendo zambujeiro, promove enxertado no lugar deles e faz participante da raiz e da seiva da oliveira,

Romanos 11:19 Então: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.

Continuação

Oseias 5:15 Aqui, e voltarei para o meu lugar, até que ele reconheça os culpados e busque meu rosto; estão eles aflitos, ansiosamente me buscarão.

Após a rejeição dos ramos naturais que foram quebrados(judeus), o plano para Israel foi suspenso. O texto diz “irei e voltarei para o meu lugar” essa frase expressa a volta do messias para o céu de onde ele veio até que eles se arrependam.

A expressão “estando eles aflitos” nos mostra o tratamento de Deus com Israel durante a tribulação.

A expressão “até que se reconheçam os culpados” mostra o reconhecimento da rejeição ao  Messias e que acontecerá no final da tribulação. 

Veja o texto de Zacarias:

E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito.
Naquele dia, será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom, no vale do Megido.

Zacarias 12:10,11

Esse contexto fala sobre o cerco a Jerusalém que ocorrerá no final da tribulação. Onde muitas nações virão sobre os judeus para os destruir sob o comando do Anticristo.

Nesse dia haverá uma conversão nacional e todo o Israel vai se arrepender, e então serão salvos.

O profeta Oseias nos mostra esse encontro observe:

Vinde, e tornemos para o Senhor , porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará.
Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele.

Oséias 6:1,2

Este texto fala do enxerto da nação judaica novamente na Oliveira “despedaçou e nos sarará,  fez a ferida e a ligará” veja que Israel reconhecerá o seu erro e entrará no pacto.

“Depois de dois dias nos ressuscitará”. São dois mil anos que ele foi aproximadamente. Um dia para o Senhor é como mil anos e mil anos um dia.

Isso mostra que a redenção de Israel já está próxima pois já passou dois mil anos “dois dias”

“Ao terceiro dia nos levantará e viveremos diante dele” fala do reino messiânico de mil anos que nós chamamos de milênio. Onde Cristo governa a terra a partir de Jerusalém.

Zacarias 14: 9 E o Senhor será rei de toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o seu nome.

A tônica das profecias sobre a tribulação.

Quando olhamos para as profecias ditas no Antigo Testamento veja algumas verdades que se repetem com frequência.

Vemos um cerco em Jerusalém, vemos um líder que se levanta contra os judeus que já o conhecemos como o Anticristo e que é um instrumento de julgamento da nação judaica. Vemos um período de 7 anos de tribulação e os últimos 3 anos e meio  sendo a pior parte.

Também observamos uma intervenção divina em favor da nação judaica. Para livrar o seu povo da aniquilação completa. Deixa eu te mostrar algumas destas profecias:

A profecia das setenta semanas de Daniel.

Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos.
Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas.
Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.

Daniel 9:24-27

Não tenho tempo aqui para tratar desta profecia que conhecemos como “a profecia das setentas semanas de Daniel”. Mas deixei um vídeo meu logo abaixo que irá abençoar a sua vida com todos os detalhes desta que é a principal profecia do Antigo Testamento sobre o povo judeu e a cidade de Jerusalém.

VÍDEO- AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL.

Resumo da profecia

“Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo, e sobre a tua cidade santa”

Obviamente que o foco é Jerusalém e o povo judeu. Essa profecia fala sobre dois princípios. O primeiro é chamado de “o ungido”, nós ou conhecemos como Cristo.

O segundo príncipe nós ou conhecemos como Anticristo. Essa profecia também fala do intervalo do tratamento de Deus com Israel por um período de tempo“ será cortado ou ungido” nessa expressão fica implícito que Cristo não pôde estabelecer o seu reino por causa da rejeição que vimos mais acima.

Também fala do pacto com anticristo de 7 anos, período total da tribulação e fala também do rompimento do pacto com 3 anos e meio. Após isso, ele vai perseguir os judeus como um gato persegue um rato para devorar.

As principais profecias do antigo testamento sobre a tribulação mostra no final da mesma a vinda de Cristo interrompendo a tribulação, destruindo o anticristo e estabelecendo o seu reino.

 

Agora que você viu pra quem foi dada as profecias vistas anteriormente, podemos analisar o Novo Testamento sob a ótica da igreja que não tem nada a ver com a tribulação, pois esta está destinada aos judeus.

Podemos ver como o Novo Testamento que fala sobre esse período envolve apenas Israel e também o povo da terra que ficar, depois da  igreja ser retirada no arrebatamento.

Agora podemos analisar algumas passagens sob a ótica certa. Deixando claro que se trata das profecias contidas na Bíblia elas são infalíveis. 

Preste atenção que as profecias do Novo Testamento que vamos analisar são  a repetição de muitas passagens que vimos anteriormente e que elas contém a mesma ideia, já que os profetas do Novo Testamento são judeus convertidos ao cristianismo e que conhecem muito bem as profecias do Antigo Testamento.

 

A expectativa dos discípulos pela implantação do reino prometido, quando o messias viesse:

Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?
Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade;

Atos 1:6,7

Veja que eles fazem a pergunta que toda a comunidade judaica aguardava, a expectativa da implantação do reino.

E quando esses homens escrevem inspirador pelo Espírito Santo sabiam o que  estavam dizendo.

Eles sabiam que tribulação e os acontecimentos contidos estavam envolvendo Israel e  a cidade de Jerusalém. Pois o Antigo Testamento deixou claro para eles, que Cristo quando viesse restauraria todas as coisas. E que Cristo quando viesse governar ele iria encontrar uma nação cercada e em apuros como foi profetizado.

Observe esta profecia de Zacarias.

Eis que vem o dia do SENHOR, em que teus despojos são reparados no meio de ti.
Porque eu ajuntarei todas as nações para peleja contra Jerusalém; a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sair para o cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado da cidade.
E o Senhor sairá, e pelejará contra estes países, como pelejou, sim, no dia da batalha.

Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se separar para o norte, e a outra metade para o sul.

E fugireis pelo vale dos  montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugirão assim como fugiram do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos com ele.

Zacarias 14: 1-5

Os discípulos quando escreveram inspirados pelo Espírito Santo tiveram o conhecimento de que havia um período na história em que Deus voltaria a tratar com os judeus.

Vamos começar a analisar o maior quadro profético de todos e que traz o maior teor de detalhes sobre o período da tribulação. Esse quadro profético em questão é o livro do Apocalipse escrito pelo apóstolo João.

Vamos dividir o livro para melhor compreensão:

 

Capítulo 1

Introdução do livro

Capítulos 2 e 3

Cartas da igreja da Ásia

Capítulos 4 e 5

Mostram a igreja no céu após o arrebatamento.

Capítulos de 6 a 18

São 13 capítulos que mostram a tribulação na terra.

Pode observar que não existe nenhuma citação da igreja neste período.

Capítulo 19

Segunda vinda de Cristo.

Capítulo 20

Reino milenar e juízo final.

Capítulos 21 e 22.

Novos céus e nova terra e o estado eterno.

O que vamos analisar agora é o período tribal que vai do capítulo 6 ao 18.

 

É fato que a igreja não é citada na terra durante a tribulação. O que vemos é uma igreja representada por 24 anciãos adorando o cordeiro.

E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;
E para o nosso Deus nos fizeste reis e sacerdotes; e reinaremos sobre a terra.

Apocalipse 5:9,10

 

Os 24 anciãos são a igreja em atividade sacerdotal

Assista ao vídeo abaixo e saiba o porquê.

QUEM SÃO OS 24 ANCIÃOS DO LIVRO DO APOCALIPSE?

Portanto, a igreja no Apocalipse, não participa da tribulação porque ela aparece no céu representado pelos 24 anciãos.

No capítulo 6 de Apocalipse inicia-se a tribulação com a abertura dos selos.  O Anticristo aparece montado no cavalo branco e ele tem um arco sem flechas. Mostrando que na primeira fase ele mostra como um pacificador.

Apocalipse 6: 1 E quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouviu um dos quatro seres vivos dizendo uma voz como trovão: Vem!

2 Olhei, e eis um cavalo branco; o que estava montado nele tinha um arco; foi-lhe dada uma coroa, e saiu vencendo e para vencer.

Todo o capítulo 6 mostra que a tribulação atinge o mundo todo e também todas as classes sociais.

Apocalipse 6:12 E vi quando abriu o sexto selo, e houve um grande terremoto; o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua toda tornou-se como sangue;

E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?

Apocalipse 6:13-17

Observe que é sabido que a tribulação é um tempo de “ira” e não podemos ignorar o modo como essa expressão aparece. Porque ela tem conexão direta com Israel.

Confira a conexão da palavra “ira ‘com a nação judaica nos textos abaixo e perceba que sempre está relacionado para uma tribulação na terra.

Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira.
Porque eis que o Senhor sairá do seu lugar, para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniqüidade, e a terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais os seu mortos.

Isaías 26:20,21

O grande dia do Senhor está perto, sim, está perto, e se apressa muito; amarga é a voz do dia do Senhor; clamará ali o poderoso.
Aquele dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas,
Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres altas.
E angustiarei os homens, que andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne será como esterco.
Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da indignação do Senhor, mas pelo fogo do seu zelo toda esta terra será consumida, porque certamente fará de todos os moradores da terra uma destruição total e apressada.

Sofonias 1:14-18

Continuação …..

Congregai-vos, sim, congregai-vos, ó nação não desejável;
Antes que o decreto produza o seu efeito, e o dia passe como a pragana; antes que venha sobre vós o furor da ira do Senhor, antes que venha sobre vós o dia da ira do Senhor.
Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra, que tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do Senhor.

Sofonias 2:1-3

Não tem como negar que a expressão “dia da Ira” tenha conexão direta com Israel, e Jesus também pensava deste jeito observe:

 

Lucas 21:22 Porque estes são os dias, para que cumpra todas as coisas que estão escritas.

23 Ai que grávidas, e que amamentar naqueles dias! porque haverá grande angústia sobre a terra, e ira contra este povo.

“Ira contra este povo”

E assim o próprio Jesus nos mostra que a tribulação virá sobre a terra e que a “ira” tem um destino, a nação judaica.

E não sei porque motivo alguns teólogos insistem em tratar Israel e a igreja como um único povo e insistem em colocar a igreja na tribulação sendo um dos alvos da ira de Deus.

Quando a Bíblia está recheada de passagens que mostram que a igreja ficará livre da tribulação que também é chamada de o dia da Ira ou ir vindoura.

Rm 5.6-9

6 Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu no seu tempo pelos ímpios. 7 Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois pode ser que alguém homem ou alguém possa morrer.

8 Mas Deus dá a prova do seu amor para nós, em que, quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós. 9 Logo muito mais, sendo agora justificado pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

“Seremos por ele salvos do ira”

1 Ts 1,10

10 e esperardes dos céus a seu filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus Cristo, que nos livra da ira vindoura.

“Que nos livra da ira vindoura”

Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite.
Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação;
Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,

1 Tessalonicenses 5:7-9

“Deus não nos destinou a Ira”

 

Obviamente, que a igreja não passa pela tribulação pois esta é o julgamento de Deus  sobre as nações. Vale a pena lembrar que todas as vezes que Deus vai executar um julgamento coletivo ele tira os justos. Essa é uma tendência natural da Bíblia.

Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?
Então disse o Senhor: Se eu em Sodoma achar cinqüenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles.

Gênesis 18:25,26

Nesse contexto, Abraão está intercedendo pelas cidades de Sodoma e Gomorra e Abraão já conhecia o caráter de Deus. Não havia Bíblia escrita e nem igreja para congregar. Ele conhecia mais sobre Deus, do que muitos crentes em nossos dias.

Ele sabia que Deus jamais iria  punir o justo com o ímpio. Pensar que a igreja passa pela tribulação, é um ultraje ao caráter justo e santo de Deus.

Em todo o relacionamento bíblico de Deus com o homem ele jamais cometeu tal atrocidade. Todas as vezes que ele derrama juízo  coletivo e retira antes ele tira os justos.

Observe estes relatos bíblicos com atenção.

Eis que agora aquela cidade está perto, para fugir para lá, e é pequena; ora, deixe-me escapar para lá (não é pequena? ), para que minha alma viva.
E disse-lhe: Eis aqui, tenho-te aceitado também neste negócio, para não destruir aquela cidade, de que falaste;

Gênesis 19:20,21

O texto em questão é a destruição de Sodoma e Gomorra onde Ló pede para ir para uma cidade próxima chamada Zoar. Esta cidade foi poupada por Deus, porque o  Justo, foi se refugiar nela. 

Apressa-te, escapa-te para ali; porque nada poderei fazer, enquanto não tiveres ali chegado. Por isso se chamou o nome da cidade Zoar.

Gênesis 19:22

“nada poderei fazer, enquanto não tiveres ali chegado.”

Enquanto o justo estiver na cidade Deus não executa o juízo.

Enquanto uma igreja estiver na terra, não haverá tribulação após a igreja sair a tribulação começa.

A igreja é mais santa do que todos os crentes da antiga aliança juntos. Pois o sacrifício de Cristo tirou nossos pecados. 

Como ficaria o caráter de Deus? Deus poupou Noé e sua família, ao trazer ou diluvio sobre a terra, Deus poupou Ló e sua família para poder destruir Sodoma e Gomorra.

E Deus não pouparia a igreja? Que está em uma aliança superior? Em um nível de santidade maior?

É bom saber que Deus não muda e que igreja sai da terra durante a tribulação. Veja o que Pedro diz em sua segunda carta:

E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, a oitava pessoa, o pregoeiro da justiça, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;
E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente;
E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis
(Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, por isso via e ouvia sobre as suas obras injustas);
Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados;

2 Pedro 2:5-9

“O senhor sabe livrar da provação os piedosos”

“E reservar para o dia do juízo dos injustos”

Veja que tanto no Antigo Testamento quanto no novo testamento Deus reserva o juízo para os injustos e não para os justos.

Mas vamos voltar para o livro do Apocalipse e continuar provando que Israel é alvo de “ira” (tribulação).

Observe o capítulo 7 do Apocalipse, 144 mil judeus são selecionados, 12 mil cada tribo. Eles se convertem após a saída da igreja.

 

Com isso Deus está começando a mostrar o tratamento com Israel durante a tribulação, que no livro do Apocalipse vai o capítulo 6 a 18.

E porque a igreja não está mais aqui por ter sido arrebatada antes da tribulação. São eles 144 mil que são as testemunhas de Cristo durante a tribulação. São eles que começam a pregação para aqueles que irão se salvar.

No contexto onde eles aparecem é citado uma multidão de salvos. 

Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;

Apocalipse 7:9

Continuação ….

E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.
E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus,
Dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.
E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram?
E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra.
Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles.
Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes vivas das águas; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima.

Apocalipse 7:10-17

 

Portanto, esses 144 mil  judeus selados mostram que Deus voltou a tratar com Israel durante a tribulação.

O capítulo 11 de Apocalipse começa a mostrar agora uma cidade específica que Deus começa a tratar.

Essa cidade é a cidade de Jerusalém.

Ali ou Senhor levanta dois profetas da antiga aliança para profetizar durante 3 anos e meio.

Agora o Senhor está sinalizando que a tribulação tem Israel e a cidade de Jerusalém na mira.

Isso é confirmado quando uma arca da aliança é vista no capítulo 19 deste mesmo capítulo 11.

E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva.

Apocalipse 11:19

Não há dúvidas de que o povo judeu e a cidade de Jerusalém são o epicentro das profecias da Bíblia.

As provas de que Deus volta a tratar com Israel na tribulação continua, quando analisamos o capítulo 12 do Apocalipse.

 

Aqui vemos uma mulher que é perseguida e que foge para o deserto, essa mulher é Israel. Ela é guardada por Deus em um lugar específico. Porque está profetizado sua fuga para um lugar chamado Edom no Antigo Testamento e que é atualmente a cidade de Petra.

E uma mulher fugiu para o deserto, onde já havia sido preparado por Deus, para que todos fossem alimentados durante mil dias e sessões de dias.

Apocalipse 12: 6

E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.

Apocalipse 12:14

E, no fim do tempo, o rei do sul lutará com ele, e o rei do norte se levantará contra ele com carros, e com cavaleiros, e com muitos navios; e entrar nas suas terras e como inundará e passará.
Eles entram na terra gloriosa, e muitos países caem, mas sua mão escapou: Edom e Moabe, e os chefes dos filhos de Amom.
E estender a sua mão contra os países, e a terra do Egito não escapar.

Daniel 11: 40-42

“bozra” significa curral ou aprisco das ovelhas. Os que fugirão com a perseguição levantada pelo anticristo poderão se refugiar neste lugar.

Certamente te ajuntarei todo, ó Jacó; certamente congregarei o restante de Israel; pô-los-ei todos juntos, como ovelhas de Bozra; como rebanho no meio do seu caminho, ponto de partida por causa da multidão dos homens.
Subirá diante deles ou o que abrirá o caminho; eles romperão, e entrar pela porta, e sair por ela; e o rei vai adiante deles, e o Senhor à prova deles.

Continuação …

Miquéias 2: 12,13

Quem é este, que vem de Edom, de Bozra, com roupas tintas; que é glorioso em sua vestidura, que marcha com sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.
Por que está vermelha a tua vestidura, e como tuas roupas como tal que pisa no lagar?

Eu sozinho pisei no lagar, e os povos não existiam comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou como minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura.
Porque o dia da vingança estava no meu coração; e o ano dos meus redimidos está chegando.

Isaías 63: 1-4

Esse último texto mostra a segunda vinda de Cristo, que virá para socorrer Israel e a destruição do inimigo em Bozra.

Para melhor entendimento do assunto, leia o artigo e assista ao vídeo quem é a mulher do Apocalipse 12?

ARTIGO-QUEM É UM MULHER DE APOCALIPSE 12?

VÍDEO-QUEM É UM MULHER DE APOCALIPSE 12?

Até aqui, estamos bem conscientes da tribulação ou tratamento de Deus com a cidade de Jerusalém e com o povo judeu.

Os capítulos 16, 17 e 18. vão mostrar de forma sequencial a batalha do Armagedom e também o julgamento da cidade de Jerusalém( A grande prostituta), falarei mais deste assunto em outros artigos.

Conclusão

Podemos concluir que a igreja não passa pela tribulação, pois a tribulação é  o julgamento de Deus sobre as nações e o tratamento de Deus com Israel e com a cidade de Jerusalém.

Portanto, uma igreja na tribulação? Nem pensar!

De jeito nenhum há base bíblica para pensar assim.

Autor: Antonio Lira.

Edição e revisão: Antonio Lira.

 

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Antonio Lira

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