Vira e mexe sempre alguém me pergunta. Professor o senhor é pré-milenarista, amilenarista ou pós-milenarista?

Quando a pergunta é feita e só está eu e a pessoa que fez a pergunta. Eu respondo a pessoa e o caso está encerrado.

Quando a pergunta é feita e tem outras pessoas participando da conversa e que não sabem a diferença entre essas três linhas de interpretação.

Então eu tenho que explicar o que significa cada uma delas.

Se você tem essa dúvida de não saber o que significa cada visão interpretativa. Creio que esse artigo pode te ajudar.

Este assunto tem a ver com a segunda vinda de Cristo e o estabelecimento do milênio.

Visão Pós-milenarista

A visão pós-milenarista crê que Cristo só voltará depois do milênio.

Eles creem que, através da pregação do evangelho, todo o mundo será cristianizado e submetido ao evangelho antes do retorno de Cristo. O nome pôs-milenarista  deriva do fato de que nessa teoria Cristo retorna depois do milênio.

Segundo essa visão não é Cristo que estabelece o milênio com a sua vinda. O milênio se auto estabelece pela pregação da palavra e conversão dos homens.

Eles acreditam em um reino físico e literal seguindo a doutrina do antigo testamento.

Visão amilenarista

 A opinião amilenarista defende que não haverá um milênio literal na terra após o segundo advento. Todas as profecias a respeito do reino estão sendo cumpridas espiritualmente pela igreja no período entre os dois adventos.

 Seu caráter mais geral é a negação do reinado literal de Cristo na terra. Imagina-se que Satanás tenha sido preso na primeira vinda de Cristo. A presente era, entre o primeiro e segundo advento, é o cumprimento do milênio.

 Pode-se resumir isso na ideia de que não haverá mais milênio do que há agora, e que o estado eterno se segue imediatamente à segunda vinda de Cristo. Essa teoria assemelha-se ao pós-milenarismo quando afirma que Cristo virá depois do que eles consideram ser o milênio.

Essa teoria se apoia no método alegórico de interpretação que ganhou força nos escritos de Agostinho.

COMO INTERPRETAR A BÍBLIA?

Esse método de interpretação defrauda a verdade literal dos textos bíblicos.

Causando espiritualização das passagens que deixam claro um retorno visível a terra  de Cristo para estabelecer o milênio. 

Isso defrauda as escrituras e silencia a sua voz.

 Colocando o que Deus deixou claro nas escrituras como refém do intérprete.

A alegorizacão dos textos bíblicos para forçar uma interpretação é uma violação grave dos princípios básicos de interpretação e faz calar centenas de passagens que mostram um governo físico e visível de Cristo que inaugura o milênio com seu advento.

Portanto a visão pós-milenarista que Cristo vai voltar e encontrar um mundo evangelizado e a visão amilenarista de que o milênio já está estabelecido na terra desde o Pentecostes e que Cristo já reina neste mundo de forma invisível e espiritual. Afirmando também que  não é Cristo que estabelece o milênio com a sua vinda.

Essas duas visões não encontra apoio nas escrituras e nem na história dos cristãos dos primeiros séculos como defenderemos a seguir.

 

A visão pré-milenarista

A visão pré-milenarista é aquela que mais se harmoniza com todo o conteúdo bíblico.

Essa visão se apoia no método literal de interpretação o método utilizado pelos rabinos, Jesus e todos os apóstolos.

 A posição pré-milenarista defende que Cristo retornará ao mundo, literal e corporalmente, antes de começar a era milenar; e, por Sua presença, será instituído um reino sobre o qual Ele reinará. Nesse reino todas as alianças de Israel serão literalmente cumpridas. O reino continuará por mil anos e, depois disso, o Filho dará o reino ao Pai e se fundirá com Seu reino eterno.

Ela se harmoniza perfeitamente com todos os textos,da Bíblia que falam sobre o assunto tanto no antigo testamento quanto no novo testamento.

O que passarei a defender a partir de agora é que nos primeiros três séculos os cristãos foram pré-milenaristas.

Concorda-se, em geral, que a igreja dos séculos que imediatamente se seguiram ao período apostólico tinha uma opinião pré- milenarista a respeito do retorno de Cristo.

 Cria-se amplamente [no pré-milenarismo] na igreja primitiva, embora não se possa dizer com certeza com que amplitude.

A partir do século 3 em diante e ele foi quase completamente substituído pela posição “espiritual” alagorizada de Agostinho.

Que instituiu o método alegórico de interpretação como o método oficial da igreja.

 A doutrina do milênio, ou reino dos santos na terra por mil anos, é agora rejeitada por todos os católicos romanos e por alguns grupos  protestantes; mesmo assim, foi considerada pelos melhores cristãos, por 250 anos, uma tradição apostólica; e, como tal, é apresentada por muitos pais do segundo e do terceiro século, que falam dela como a tradição do nosso Senhor e Seus apóstolos e de todos os antigos que viveram antes deles, que nos contam as próprias palavras nas quais ela lhes foi entregue, as Escrituras que eram assim interpretadas então, e dizem que ela foi mantida por todos os cristãos que eram exatamente ortodoxos.

Ela foi recebida não apenas nas partes orientais da igreja,por Papias (na Frígia), Justino (na Palestina), mas por Ireneu (na Gália), Nepo (no Egito), Apolinário, Metódio (no Oeste e no Sul), Cipriano, Vitorino (na Alemanha), Tertuliano (na África), Lactâncio (na Itália) e Severo, e pelo Conselho de Nicéia (c. 323 d.C.)

 Portanto  a história relata que essa foi a crença universal da igreja por 250 anos após a morte de Cristo.

 O ponto mais marcante da escatologia da era pré-nicena é a proeminência do quiliasmo, ou milenarismo, que é a crença num reinado visível de Cristo em glória na terra com os santos ressurrectos por mil anos, antes da ressurreição geral e do juízo.

Essa certamente não foi a doutrina da igreja incorporada a algum credo ou forma de devoção, sendo antes uma posição amplamente aceita por mestres ilustres.

 A doutrina do segundo advento de Cristo e do reino aparece tão cedo, que cabe perguntar se não deveria ser considerada parte essencial da religião cristã.

 Expoentes do pré-milenarismo.

 1. Defensores do pré-milenarismo no primeiro século.

  1. André,2) Pedro, 3) Filipe, 4) Tomé, 5) Tiago, 6) João, 7) Mateus, 8) Aristio,

9) João, o Presbítero — todos esses são citados por Papias, que, segundo Ireneu, ouviu João pessoalmente e foi amigo de Policarpo.

Essa referência aos apóstolos concorda com os fatos que temos provado: a) os discípulos de Jesus tinham uma visão judaica sobre o reino messiânico na primeira parte desse século, e b) em vez de descartá-lo, eles o ligavam ao segundo advento. Em seguida,10) Clemente de Roma (Fp 4.3), que viveu de 40 a 100 d.C. aproximadamente.

11) Barnabé, cerca de 40-100 d.C. 

12) Hermas, de 40 a 140 d.C. 

13) Inácio, bispo de Antioquia, que morreu na perseguição ordenada por Trajano, cerca de 50 a 115 d.C. 

14) Policarpo, bispo de Esmírna, discípulo de João, que viveu entre cerca de 70 e 167 d.C.

15) Papias, bispo de Hierápolis, viveu de 80 a 163 d.C. 

B. Por outro lado, não podemos apresentar nenhum nome que 1) possa ser citado como categoricamente contrário à nossa posição, ou 2) possa ser citado como alguém que ensinou, sob qualquer forma ou sentido, a doutrina de nossos oponentes.

2. Defensores do pré-milenarismo no segundo século.

  1. Potino, um mártir  87-177 D.C.  2) Justino Mártir, cerca de 100-168 D.C….

3) Melito, bispo de Sardes, cerca de 100-170 […] 4) Hegísipo, entre 130-190 D.C. 

5) Taciano, entre 130-190 

6) Ireneu, um mártir  cerca de 140-202.

7) As igrejas de Viena e Lion 

8) Tertuliano, cerca de 150-220 D.C. […] 9) Hipólito, entre 160-240 D.C.

B. Por outro lado, nenhum escritor sequer pode ser apresentado, nem mesmo um nome pode ser mencionado dentre os citados que se tenha oposto ao quiliasmo nesse século […]

Que o estudioso reflita sobre isso: aqui estão dois séculos nos quais nenhuma oposição direta surge contra a doutrina, mas ela é mantida pelos mesmos homens, líderes os mais eminentes, por meio dos quais acompanhamos a história da igreja.

O que devemos concluir?

1) Que a fé comum da igreja era quiliástica, e 2) que tal generalidade e unidade de crença só poderia ter sido introduzida pelos fundadores da igreja e pelos presbíteros nomeados por eles.

3. Defensores do pré-milenarismo no terceiro século.

1) Cipriano, cerca de 200-258 D.C. 

2) Cômodo, de 200-270 D.C. 

3) Nepo, bispo de Arsinoe, cerca de 230-280 D.C. 

4) Corácio, cerca de 230-280 D.C. 

5) Vitorino, cerca de 240-303 D.C.

6) Metódio, bispo de Olimpo, cerca de 250-311 D.C. 

7) Lactâncio […] de 240-330 D.C.

 Embora o testemunho de todos os homens citados acima não seja sempre igualmente claro, alguns deles falaram inequivocamente da posição pré-milenarista.

Clemente de Roma escreveu:

 Verdadeiramente, logo Sua vontade será cumprida como as Escrituras também testemunham, dizendo “Certamente venho sem demora” e “De repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós desejais, o Santo”.

 Justino Mártir, em seu Diálogo com Trifo, escreveu:

 Mas eu e qualquer um que somos em todos os aspectos cristãos decididos sabemos que haverá a ressurreição dos mortos e mil anos em Jerusalém, que será então construída, adornada e aumentada, como declararam os profetas Ezequiel e Isaías. 

E, ainda mais, certo homem chamado João, um dos apóstolos de Cristo, previu por uma revelação que foi feita a ele que os que cressem em nosso Cristo passariam mil anos em Jerusalém e, depois disso, a ressurreição geral, ou, para ser breve, a eterna ressurreição e julgamento de todos os homens também ocorrerá.

 Ireneu, bispo de Lion, apresenta uma escatologia bem desenvolvida quando escreve:

 Mas quando esse anticristo tiver devastado todas as coisas neste mundo, ele reinará por três anos e seis meses e sentará no templo em Jerusalém; então o Senhor virá do céu entre as nuvens, na glória do Pai, mandando esse homem e os que o seguiram para o lago de fogo; mas trazendo para os justos o tempo do reino, quer dizer, o descanso, o sagrado sétimo dia; e restaurando a herança prometida de Abraão, na qual o Senhor declarou que “muitos vindos do leste e oeste sentarão com Abraão, Isaque e Jacó…”. A bênção prevista, então, pertence sem dúvida à época do reino, quando os justos reinarão depois de sua ressurreição.

 Tertuliano soma o seu testemunho quando diz:

 Mas nós confessamos que um reino sobre a terra nos é prometido, apesar de antes do céu, apenas em outro estado de existência; visto que ele acontecerá depois da ressurreição, por mil anos na divinamente construída cidade de Jerusalém.

 De acordo com Justino e Ireneu, existiam três classes de homens:

 1) Os hereges, que negavam a ressurreição da carne e o milênio.

2) Os verdadeiramente ortodoxos, que afirmavam a ressurreição e o reino de Cristo na terra.

3) Os crentes, que concordavam com os justos e mesmo assim esforçavam-se para alegorizar e transformar em metáfora todas as passagens que apontam para o próprio reinado de Cristo, e que tinham opiniões em concordância com aqueles hereges que negavam, não com os ortodoxos, que afirmavam, esse reinado de Cristo na terra.

 Justino evidentemente reconhecia o pré-milenarismo como “o critério de uma perfeita ortodoxia”. Em seu Diálogo com Trifo, em que escreve:

“Alguns que são chamados cristãos mas são ímpios, hereges, ensinando doutrinas que são totalmente blasfemas, ateístas e tolas”, ele mostra que incluiria qualquer um que negasse o pré-milenarismo nessa categoria, e também os que negaram a ressurreição.

Oponentes da posição pré-milenarista.

O terceiro século dá origem ao primeiro antagonismo declarado quanto à posição pré- milenarista.

 Nesse século vemos pela primeira vez, adversários da nossa doutrina. Qualquer escritor, desde o período mais antigo até o presente, que apresentou tais listas contra nós, foi capaz de apenas encontrar esses antagonistas, e nós os apresentamos na sua ordem cronológica, quando eles se revelaram como adversários.

 Eles são quatro, mas três deles eram muito persuasivos para o erro e rapidamente ganharam seguidores.

Os primeiros nessa ordem foram:

1) Caio (ou Gaio) no início do terceiro século

2) Clemente de Alexandria,  professor na Escola Catequética de Alexandria, que teve forte influência (sobre Orígenes e outros) como mestre de 193-220 d.C.

3) Orígenes, cerca de 185-254 d.C.

4) Dionísio, cerca de 190-265 d.C. estes são os defensores mencionados como diretamente hostis ao quiliasmo(milênio).

 1. De acordo com Allis, essa oposição surgiu por causa do “realce que muitos de seus defensores depositavam sobre as recompensas terrenas e os prazeres carnais.

 Parece mais correto afirmar que essa oposição surgiu, primeiramente, por causa de dogmas básicos da Escola de Alexandria, na qual Orígenes se tornou o principal defensor, com enorme influência no mundo teológico.

O método de interpretação por espiritualização propagado por Orígenes desencadeou o fim do método literal de interpretação sobre o qual repousava o pré-milenarismo.

Por tudo o eu vimos até aqui fica claro que muitos criam nos séculos anteriores , sem ofensa a ninguém, que o Salvador reinaria mil anos dentre os homens, antes do fim do mundo”,

 Do  século terceiro  em diante  a doutrina milenar tornou-se infame, graças à influência especial de Orígenes, que a negou veementemente porque ela contradizia suas opiniões.

 “até a época de Orígenes, todos os mestres que eram a ela predispostos, a professavam e a ensinavam abertamente,  Orígenes, porém, a atacou ferozmente, pois ela contrariava a sua filosofia; e, pelo sistema de interpretação bíblica que descobriu, ele deu um sentido diferente aos textos bíblicos dos quais os defensores dessa doutrina dependiam”.

No terceiro século a reputação dessa doutrina declinou; primeiro no Egito, pela influência de Orígenes  e mesmo assim ela não pôde ser exterminada definitivamente: ainda tinha defensores respeitáveis.

 

Esse  sistema de interpretação filosofizante e extremamente agressivo, o qual começou “desprezivelmente a perverter e torcer todas as partes dos oráculos divinos que se opunham ao seu dogma ou noção filosófica”, a interpretação literal foi definitivamente esmagada.

Ele então contrasta a interpretação adotada pelos dois sistemas: “Ele (Orígenes) desejava desprezar o sentido literal e visível das palavras, e queria que se buscasse um sentido secreto, que repousava, escondido, num envoltório de palavras. Os defensores de um reino terrestre de Cristo, por sua vez, firmavam sua causa unicamente no sentido natural e próprio das expressões bíblicas.

Também a influência de Agostinho, que contribuiu mais para o pensamento teológico que qualquer outro indivíduo entre Paulo e a Reforma, e por meio de quem o amilenarismo foi sistematizado e o sistema romanista obteve sua eclesiologia, foi fator fundamental na cessação do pré-milenarismo.

Com a contribuição de Agostinho ao pensamento teológico, o amilenarismo ganhou destaque. Embora Orígenes tenha estabelecido os fundamentos ao fixar o método não-literal de interpretação, foi Agostinho quem sistematizou a visão não-literal do milênio no que agora conhecemos como amilenarismo.

Seu ponto de vista se tornou a doutrina dominante na igreja romana e foi adotado com variações pela maioria dos reformadores protestantes, juntamente com muitos outros de seus ensinamentos. Os escritos de Agostinho, na verdade, causaram o abandono do pré-milenarismo pela maior parte da igreja organizada.

Além dos fatores citados até aqui do porque houve um abandono da crença pré-milenarista existem outros de grande relevância como por exemplo:

 O aumento do poder da Igreja Romana, que ensinava ser ela o reino de Deus na terra e ser seu líder o vigário de Deus na terra, foi fator de significativa importância.

É de extremo interesse ressaltar os métodos usados pelos oponentes da opinião pré-milenarista para contrariar esse ensinamento.

 1) Gaio e Dionísio foram os primeiros a duvidar da genuína inspiração do livro de Apocalipse, pois evidentemente se supunha que o recurso ao livro não poderia ser abandonado.

2) A rejeição do sentido literal e sua substituição por figuras ou alegorias, que efetivamente modificaram a aliança e a profecia.

3) Trechos do Antigo Testamento que ensinavam literalmente a doutrina tiveram sua inspiração profética desacreditada.

4) A aceitação de todos os trechos proféticos, e o que não podia ser alegorizado e aplicado à igreja tinha o seu cumprimento relegado ao céu.

5) Fazer com que promessas dadas diretamente aos judeus como nação fossem consideradas condicionais na sua natureza ou meramente típicas das bênçãos desfrutadas pelos gentios.

 Devemos observar que a oposição ao pré-milenarismo surgiu daqueles que eram marcados pela descrença, cujas doutrinas, em geral,tinham sido condenadas pelos crentes através da história da igreja; assim, opunham-se ao pré-milenarismo não porque não fosse bíblico, mas porque contradizia suas próprias filosofias e métodos de interpretação.

Com a reforma protestante os reformadores voltaram a interpretar as escrituras de forma literal e a partir daí a doutrina pré-milenarista voltou ao seu lugar.

Eu quis mostrar na história como os primeiros cristãos até o século 3 criam na doutrina pré-milenarista.

Ou seja eles criam em um governo literal de Cristo que seria estabelecido com a segunda vinda. E que após a segunda vinda Cristo estabeleceria o seu governo na terra por mil anos.

Eu não sou de escrever artigos sem citar a Bíblia. Meu estilo e citar os versículos e defender uma posição a partir deles.

Mas aqui eu quis unicamente apresentar as posições, para que você tivesse uma noção do que cada linha interpretativa acredita. E também fiz uma defesa usando a história mostrando como os primeiros cristãos criam.

Contudo vou deixar as passagens abaixo que mostram que para o milênio ser estabelecido Cristo tem que voltar de forma visível, ele destrói os poderes temporais, espirituais, julga os que sobreviveram a tribulação e em seguida ressuscita os mortos e estabelece o milênio.

Esses acontecimentos provam que a visão pré-milenarista é única visão correta a ser acolhida.

Cristo volta para destruir os inimigos

Is 63:1

1 Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.

2 Por que está vermelha a tua vestidura? E as tuas vestes, como as daquele que pisa uvas no lagar?

3 Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém se achava comigo; e os pisei na minha ira e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura.

4 Porque o dia da vingança estava no meu coração, e o ano dos meus redimidos é chegado.

Cristo volta literalmente e peleja por Israel

Zc 14:1

1 Eis que vem o dia do SENHOR, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti.

2 Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres, forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o resto do povo não será expulso da cidade.

3 E o SENHOR sairá e pelejará contra estas nações, como pelejou no dia da batalha.

4 E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele, para o sul.

5 E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até Azel) e fugireis assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos contigo, ó Senhor.

6 E acontecerá, naquele dia, que não haverá preciosa luz, nem espessa escuridão.

7 Mas será um dia conhecido do SENHOR; nem dia nem noite será; e acontecerá que, no tempo da tarde, haverá luz.

8 Naquele dia, também acontecerá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e metade delas até ao mar ocidental; no estio e no inverno, sucederá isso.

9 E o SENHOR será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o SENHOR, e um será o seu nome.

Cristo volta para socorrer o seu povo

Zc 12:6

6 Naquele dia, porei os chefes de Judá como uma brasa ardente debaixo da lenha e como um facho entre as gavelas; e à direita e à esquerda eles consumirão a todos os povos em redor, e Jerusalém será habitada outra vez no seu próprio lugar, mesmo em Jerusalém.

7 E o SENHOR primeiramente salvará as tendas de Judá, para que a glória da casa de David e a glória dos habitantes de Jerusalém não sejam exaltadas acima de Judá.

8 Naquele dia, o SENHOR amparará os habitantes de Jerusalém; e o que dentre eles tropeçar, naquele dia, será como David, e a casa de David será como Deus, como o anjo do SENHOR diante deles.

9 E acontecerá, naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém.

10 E sobre a casa de David e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; ……………e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogénito.

11 Naquele dia, será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom no vale de Megido.

12 E a terra pranteará, cada linhagem à parte; a linhagem da casa de David, à parte, e suas mulheres, à parte, e a linhagem da casa de Natã, à parte, e suas mulheres, à parte;

13 a linhagem da casa de Levi, à parte, e suas mulheres, à parte; a linhagem de Simei, à parte, e suas mulheres, à parte.

14 Todas as mais linhagens, cada linhagem, à parte, e suas mulheres, à parte.

Cristo retorna após a tribulação de maneira visível, provando que o seu governo não é apenas espiritual.

Mas deve ser visível e físico para se cumprir as profecias.

Mt 24:17

27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.

28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.

29 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.

30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

31 E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.

Jd 1:14

14 E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o SENHOR com milhares de seus santos;

15 Para fazer juízo contra todos e condenar de entre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele.

Cristo volta e é ele quem estabelece o milênio

Ap 19:1

1 E DEPOIS destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia: Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao SENHOR nosso Deus;

2 Porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.

3 E outra vez disseram: Aleluia. E o fumo dela sobe para todo o sempre.

4 E os vinte e quatro anciãos, e os quatro animais, prostraram-se e adoraram a Deus, assentado no trono, dizendo: Ámen, Aleluia.

5 E saiu uma voz do trono, que dizia: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, assim pequenos como grandes.

6 E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia: pois já o SENHOR Deus Todo-Poderoso reina.

continuação….

7 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.

8 E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.

9 E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.

10 E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal: sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus: adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espirito de profecia.

11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça.

12 E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo.

13 E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.

14 E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestes de linho fino, branco e puro.

15 E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.

continuação…..

16 E no vestido e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores,

17 E vi um anjo, que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus;

18 Para que comais a carne dos reis, e a carne dos tributos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes.

19 E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.

20 E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.

21 E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes.

O milênio é estabelecido após a prisão de satanás e a ressurreição dos mártires da tribulação.

Ap 20:1-6

1 E VI descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão.

2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.

3 E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.

4 E vi tronos; e ……..e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.

5 Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.

6 Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre este não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.

Conclusão

Por tudo o que você vê aqui não tem como acreditar que Cristo volta e encontra o mundo evangelizado como defendendo os pós-milenaristas. Pois está claro que Cristo na sua volta encontra resistência dos poderes temporários. Por que o que vemos nestes profetas é conflito e guerra. Cristo volta para pelejar contra o anticristo e seus aliados.

Também não tem como acreditar que o milênio já está ocorrendo de forma espiritual desde Pentecostes e que Cristo já governa através da igreja, negando um reinado físico e visível como defende a visão amilenarista.

O que vemos nessas passagens é o Cristo que define o milênio e seu governo além do espiritual e físico.

Portanto, a visão que mais se harmoniza com as escrituras e os critérios dos cristãos de forma unânime até o terceiro século é a visão pré-milenarista.

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